O Encontro dos Pontos de Cultura “desfazendo os nós” aconteceu no dia 04 de novembro, na sala Jacarandás do Memorial do Rio Grande do Sul e teve como debate principal a sustentabilidade. A representante da Regional Sul, Rozane Dalsasso iniciou a conversa apresentando os editais do Ministério da Cultura e falando sobre a Lei Ruanet, recursos público que podem complementar o orçamento dos pontos de cultura, auxiliando na viabilização dos projetos. Janete, do Pontão de Cultura Câmara do Livro, recentemente conveniado, e que é também uma das organizações realizadoras da Feira do Livro, lembrou da necessidade de formação permanente de agentes culturais para que a construção e apresentação de projetos tenham uma dimensão maior, que contemplem, com qualidade, a participação das comunidades.
O encontro teve a presença do representante daSecretaria Municipal de Cultura que falou sobre o Funproarte e o Projeto Descentralização da Cultura em Porto Alegre e complementou as idéias de Janete, reforçando que na sua percepção, quando os projetos são apresentados para concorrer aos editais do Funproate, e outros, há uma sensação de que os agentes se colocam em posição de necessidade mais do que mérito, e isso é uma situação que precisa ser enfrentada
com a qualificação das pessoas envolvidas nas ações culturais.
com a qualificação das pessoas envolvidas nas ações culturais.
foto: Ana Paula Stock |
Marly Cuesta, Tuxáua e representante dos Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul e fomentadora da atividade na Feira do Livro falou sobre soberania alimentar e sustentabilidade através da culinária. Solicitou à Secretaria Municipal de Cultura um espaço para a comercialização de alimentos no Sambódromo de Porto Alegre, no período do carnaval. Lembrou que em outros anos os valores cobrados pela locação de pontos de venda são bastante altos, e geralmente os Pontos de Cultura não tem como pagar tais valores.
Ana Paula Stock lembrou que as redes que envolvem o Programa Cultura Viva são amplas e ricas de ações e na maior parte do tempo este potencial não é reconhecido pelos próprios Pontos, que muitas vezes não compreendem a rede dos Pontos de Cultura como parte da sua comunidade. O reconhecimento das redes tem como conseqüência a potencialização das atividade e inserções culturais na comunidade, dinamizando as trocas e trazendo maior visibilidade e poder, sendo também uma estratégia organizativa para fomentar a sustentabilidade, buscada não somente pelos pontos mas também pelas comunidade do seu entorno. Uma forma de fazer com que isso aconteça na prática é criarmos mais momentos de encontro dos Pontos de Cultura.
foto: acervo Ana Paula Stock |
Muitos dos presentes propuseram momentos de encontros para planejamento das ações dos Pontos de Cultura, que não precisam necessariamente ser promovidos pelo Ministério de Cultura, pois se buscamos autonomia é preciso que nos organizemos para isso, diminuindo o risco de sermos reféns de governos.
Sirley Amaro contou e cantou a história do carnaval de Pelotas, mudando figurinos de acordo com a época abordada, acompanhada pelo músico e educador Paulo Romeu, coordenador do Afro-Sul Odomode, e da percussionista do Odomode Tambor Janaína Pereira, que participa das atividades do Instituto Sócio Cultural Afro-Sul desde os seis anos de idade e hoje, com 15anos, é uma das instrutores da instituição.
foto: foto: Ana Paula Stock |
A Mestre Griô Sirley apresentou registros fotográficos, uma de suas paixões, e elementos dos antigos carnavais que guarda com muito carinho e cuidado, assim como conserva suas memórias. Com muita alegria e bom humor, contagiou os presentes, que saíram dançando da tenda de Passárgada, espaço onde aconteceu a apresentação.
Texto Vania Pierozan e Ana Paula Stock
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