sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CULTURA VIVA NA 56ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

O Encontro dos Pontos de Cultura “desfazendo os nós” aconteceu no dia 04 de novembro, na sala Jacarandás do Memorial do Rio Grande do Sul e teve como debate principal a sustentabilidade. A representante da Regional Sul, Rozane Dalsasso iniciou a conversa apresentando os editais do Ministério da Cultura e falando sobre a Lei Ruanet, recursos público que podem complementar o  orçamento dos pontos de cultura, auxiliando na viabilização dos projetos. Janete, do Pontão de Cultura Câmara do Livro, recentemente conveniado, e que é também uma das organizações realizadoras da Feira do Livro, lembrou da necessidade de formação permanente de agentes culturais para que a construção e apresentação de projetos tenham uma dimensão maior, que contemplem, com qualidade, a participação das comunidades.

O encontro teve a presença do representante daSecretaria Municipal de Cultura que falou sobre o Funproarte e o  Projeto Descentralização da Cultura em Porto Alegre e complementou as idéias de Janete, reforçando que na sua percepção, quando os projetos são apresentados para concorrer aos editais do Funproate, e outros, há uma sensação de que os agentes se colocam em posição de necessidade mais do que mérito, e isso é uma situação que precisa ser enfrentada
com a qualificação das pessoas envolvidas nas ações culturais.

foto: Ana Paula Stock
Marly Cuesta, Tuxáua e representante dos Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul e fomentadora da atividade na Feira do Livro falou sobre soberania alimentar e sustentabilidade  através da culinária. Solicitou à Secretaria Municipal de Cultura um espaço para a comercialização de alimentos no Sambódromo de Porto Alegre, no período do carnaval. Lembrou que em outros anos os valores cobrados pela locação de pontos de venda são bastante altos, e geralmente os Pontos de Cultura não tem como pagar tais valores.

Ana Paula Stock lembrou que as redes que envolvem o Programa Cultura Viva são amplas e ricas de ações e na maior parte do tempo este potencial não é reconhecido pelos próprios Pontos, que muitas vezes não compreendem a rede dos Pontos de Cultura como parte da sua comunidade. O reconhecimento das redes tem como conseqüência a potencialização das atividade e inserções  culturais na comunidade, dinamizando as trocas e trazendo maior visibilidade e poder,  sendo também uma estratégia organizativa para fomentar a sustentabilidade, buscada não somente pelos pontos mas também pelas comunidade do seu entorno. Uma forma de fazer com que isso aconteça na prática é criarmos mais momentos de encontro dos Pontos de Cultura.

foto: acervo Ana Paula Stock

Muitos dos presentes propuseram momentos de encontros para  planejamento das ações dos Pontos de Cultura, que não precisam necessariamente ser promovidos pelo Ministério de Cultura, pois se buscamos autonomia é preciso que nos organizemos para isso, diminuindo o risco de sermos reféns de governos.

         AÇÃO GRIÔ


Sirley Amaro contou e cantou a história do carnaval de Pelotas, mudando figurinos de acordo com a época abordada, acompanhada pelo músico e educador Paulo Romeu, coordenador do Afro-Sul Odomode, e da percussionista do Odomode Tambor Janaína Pereira, que participa das atividades do Instituto Sócio Cultural Afro-Sul desde  os seis anos de idade e hoje, com 15anos, é uma das instrutores da instituição.


 foto: foto: Ana Paula Stock
A Mestre Griô Sirley apresentou registros fotográficos, uma de suas  paixões, e elementos dos antigos carnavais que guarda com muito carinho e cuidado, assim como conserva suas memórias. Com muita alegria e bom humor, contagiou os presentes, que saíram dançando da tenda de Passárgada, espaço onde aconteceu a apresentação.

Texto Vania Pierozan e Ana Paula Stock

Nenhum comentário:

Postar um comentário